Carioca
parte 1
Pode
até parecer que sou bairrista, vivo citando São Pulo ou parte dela em meus
comentários. Na verdade não sou, prego sempre a tolerância e o respeito à
cultura alheia, vivendo aqui seria humanamente impossível ser diferente, uma
cidade cosmopolita como essa não pode suportar tal atitude.
Vamos
ao que interessa, durante um período da minha vida trabalhei como free lancer em alguns institutos de pesquisa,
fazia pesquisas por todos os cantos do Brasil, tive a oportunidade de conhecer
vários lugares e um desses lugares foi Sergipe, é ai que começa essa história.
Depois
de horas viajando da cidade de Estância ate Aracaju,. Cheguei morto como sempre,
e como era quase 14h não tive dúvidas, comi igual a um ogro no próprio hotel, e fui tirar
minha ciesta. Estava tão cansado que fiquei na beira da piscina, era um dia agradável
e acabei cochilando por ali mesmo, de roupa de trabalho e tudo. De
repente fui abordado por uma jovem senhora me perguntando.
Ei rapaz, tu é de São Paulo não é?
Respondi de pronto.
Sim, por quê?
E ela.
Dormindo na beira de uma piscina tinha de ser
Paulista!
Sorri e valorizei a conversa, foi o maior
barato, conversamos a tarde inteira e tomamos várias cervejas, ela me confidenciara
ser escritora, coisa e tal. Fizemos amizade, passamos uns quatro dias nessa
conversa, curtimos a festa junina de Aracaju e ficamos amigos por esses dias,
foi legal. Trocamos telefone e endereços e tive de partir rumo ao meu destino,
cidade de Arapiraca no estado do Alagoas.
Terminei
minha pesquisa na região nordestina e vim para São Paulo, mais um trabalho
cumprido e feliz por ter desfrutado de uma bonita amizade, pelo menos
temporária, cheguei em casa e logo recebi uma correspondência. Adivinha de quem?
Antonieta Accioly, a amiga escritora de Aracaju. Ganhei seu livro. ”Eu me
vendo” poemas. Tinha dedicatória e tudo:
“Grande
Marcio, ao meu amigo precioso desses dias forrocajuinos, alguns rabiscos e
licenças poéticas despretensiosas, mas desde já saudosas”.
Beijo.
Tieta. Junho 2001
Falamos-nos
mais uma vez pelo telefone e nunca mais. Dias desses escutando radio CBN pela
manhã sobre o bairro de Santa Tereza no Rio de Janeiro escutei uma moradora
falando sobre os problemas locais, falando da importância da região, e para
minha surpresa era ela, a Tieta do Rio, encontro inusitado e saudoso, fiquei
feliz nesse dia......é isso.
Cada dia que passa mais deliciosas ficam essas crônicas do mestre Márcio Costa.
ResponderEliminarObrigado amigo João pelo prestígio....grande abraço.
EliminarLonge de mim provocar intriga, mas aí tem!!! kkkk
ResponderEliminarCara amiga Sandra, não fique colocando lenha da fogueira, já tive que me explicar aqui em casa....Beijos e obrigado por ter lido.
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