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sábado, 19 de maio de 2012

Carioca....




Carioca parte 1

Pode até parecer que sou bairrista, vivo citando São Pulo ou parte dela em meus comentários. Na verdade não sou, prego sempre a tolerância e o respeito à cultura alheia, vivendo aqui seria humanamente impossível ser diferente, uma cidade cosmopolita como essa não pode suportar tal atitude.
Vamos ao que interessa, durante um período da minha vida trabalhei como free   lancer em alguns institutos de pesquisa, fazia pesquisas por todos os cantos do Brasil, tive a oportunidade de conhecer vários lugares e um desses lugares foi Sergipe,  é ai que começa essa história.
Depois de horas viajando da cidade de Estância ate Aracaju,. Cheguei morto como sempre, e  como  era quase 14h  não tive dúvidas, comi  igual a um ogro no próprio hotel, e fui tirar minha ciesta. Estava tão cansado que fiquei na beira da piscina, era um dia  agradável  e acabei cochilando por ali mesmo, de roupa de trabalho e tudo. De repente fui abordado por uma jovem senhora me perguntando.
 Ei rapaz, tu é de São Paulo não é?
 Respondi de pronto.
 Sim, por quê?
 E ela.
 Dormindo na beira de uma piscina tinha de ser Paulista!
 Sorri e valorizei a conversa, foi o maior barato, conversamos a tarde inteira e tomamos várias cervejas, ela me confidenciara ser escritora, coisa e tal. Fizemos amizade, passamos uns quatro dias nessa conversa, curtimos a festa junina de Aracaju e ficamos amigos por esses dias, foi legal. Trocamos telefone e endereços e tive de partir rumo ao meu destino, cidade de Arapiraca no estado do Alagoas.
Terminei minha pesquisa na região nordestina e vim para São Paulo, mais um trabalho cumprido e feliz por ter desfrutado de uma bonita amizade, pelo menos temporária, cheguei em casa e logo recebi uma correspondência. Adivinha de quem? Antonieta Accioly, a amiga escritora de Aracaju. Ganhei seu livro. ”Eu me vendo” poemas. Tinha dedicatória e tudo:

“Grande Marcio, ao meu amigo precioso desses dias forrocajuinos, alguns rabiscos e licenças poéticas despretensiosas, mas desde já saudosas”.
Beijo. Tieta. Junho 2001

Falamos-nos mais uma vez pelo telefone e nunca mais. Dias desses escutando radio CBN pela manhã sobre o bairro de Santa Tereza no Rio de Janeiro escutei uma moradora falando sobre os problemas locais, falando da importância da região, e para minha surpresa era ela, a Tieta do Rio, encontro inusitado e saudoso, fiquei feliz nesse dia......é isso.

4 comentários:

  1. Cada dia que passa mais deliciosas ficam essas crônicas do mestre Márcio Costa.

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  2. Longe de mim provocar intriga, mas aí tem!!! kkkk

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    1. Cara amiga Sandra, não fique colocando lenha da fogueira, já tive que me explicar aqui em casa....Beijos e obrigado por ter lido.

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