facebook

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Dores.

Dores.



Tenho me sentido meio


Assim, assim


Meio Paulo Leminski


Meio Salvador Mallo de Pedro Almodóvar


Mas não na elegância de Leminski


Nem com a glória de Almodóvar


Só nas dores mesmo


Pois 


Cada um que carregue a dor que merece.


Eu, só sou eu mesmo


Só tenho as dores


Sem elegância



Sem glória.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Sabe

 

Sabe

Sabe...

Quando era criança

Yakult eu tomava bem devagarzinho

Só um pequeno furo no lacre

E ia degustando bem aos poucos.

 

Quando era a mistura que eu gostava

A mesma coisa

Eu comia tudo, tudinho

Mas a mistura só no final

Tudo bem devagarzinho

Degustando tudo, tudinho

Até acabar.

 

E

Livro de poesia bom

Pra mim é assim

Leio tudo, tudinho

Bem devagarzinho

Degustando letra a letra

Até acabar.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

CRONICA DA DOENÇA ANUNCIADA

     

        Quem me conhece só um pouquinho, sabe que os finais de ano eu não curto muito.  Na verdade, nunca soube explicar o porquê, sempre digo que é por conta da euforia das pessoas, lojas em geral cheias, trânsito maior que o normal, enfim essas coisas de final de ano e período de festas.

      Fazendo um balanço de como foi meu ano e comparando com outros passados, comecei a entender a tal frustração, e bem verdade é mais que justificável meu comportamento, pois finais de ano, pelo menos pra mim sempre acontecem ocorrências não festivas, e para não me alongar no assunto vou me ater a somente dois, esses avalio muito importante, não que os outros não sejam, mas esses sim deixaram marcas, sequelas e limitações.

   Se minhas informações não estiverem erradas, foi no final do ano de 1974 quando eu ainda um bebê adquiri a doença da época, a meningite. A epidemia começou em Santo Amaro, na Grande São Paulo, e teve um início insidioso até explodir, causando 2500 mortes na capital paulistana, em 1974. Mesmo com a incidência de casos saltando a cada ano, e com mortalidade oscilando de 12% a 14% dos doentes, o regime militar escondia os números da população e negava a existência de epidemia. Nisso morreram ou ficaram com sequelas inúmeras crianças, inclusive eu que escrevo, minha meia cegueira foi o meu saldo disso, além das idas incontáveis da minha mãe acompanhando minha internação no Emilio Ribas.

       Agora, final de 2021 vou eu de novo fazer parte das estatísticas, só que com a COVID 19. Mesmo depois de tomar as três doses das vacinas já permitidas, além da vacina da gripe eu adquiri a doença, que por hora ainda está branda, graças a vacina e a ciência muito negada por esse governo sombrio e negacionista, e olha que nem estou falando do período da Ditadura Militar, estou falando de agora, 2021 que há 3 anos vem passando por esse tormento, descaso, de terra-planismo, de ausência nas catástrofes naturais como o caso da Bahia e tudo mais. Coincidência ou não os governos desses meus dois episódios são bem parecidos, negam e ocultam tudo, colocando o povo à mercê dessas e outras tragédias.

     E aí se vai mais um final de ano, não atoa eles não são festivos para mim, também pudera, é cada uma que acontece que não poderia ser diferente, num pego meningite, noutro a covid e assim sigo aqui firme e forte tentando sobreviver com mais essa, só espero que não me mate ou deixe outra sequela, já basta essa que carrego.

       Que a partir de 2022 possamos ter finais de anos mais festivos, sem doenças e tragédias que nos assombram. Trabalho, Saúde e Paz é o que precisamos e merecemos. Só isso, só isso.

        Perceberam meu descontentamento com a data?

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Convite de lançamento Justa Palavra HQ

Dia 2 de Dezembro lançamento da mais nova obra do autor cronista Marcio Costa em parceria com o cartunista Valter Limonada, a obra ficou linda e inovadora, afinal não é sempre que uma cronica é transformada em cartun, essa talvez seja uma novidade que vale muito conferir.

sábado, 2 de abril de 2016

Reticências.





Um Filme

Um dia

Uma música

Um namoro.

Tudo isso só é bom quando a gente torce para não acabar.

Que os dias sejam assim.

Intermináveis...

sábado, 26 de setembro de 2015






Ruas de Fogo

Ruas de fogo é novo livro do camarada Alessandro Buzo, leitura fácil e extremante agradável.

Trata-se de uma série de contos e crônicas, na verdade 16 histórias. A leitura se torna ainda mais prazerosa, uma história mais legal que a outra que traz a tona a realidade da periferia e dos periféricos assim como ela é, sem exageros ou estereótipos.

Se fosse apontar umas das histórias que mais gostei seguramente estaria sendo injusto com outra, e pra não cometer esse desatino digo com certeza que o livro é bom como um todo, altamente recomendável....Vale muito conferir.

Das 12 obras escritas pelo autor eu conheço e tenho algumas, dentre elas estão na minha biblioteca eles:

Guerreira.

Favela toma conta.

Favela toma conta 2.

Ruas de Fogo.

Esses escritos pelo Buzo.

Li também livros organizados ou como participação como o caso do Eu sou favela organizado pela Paula Anacoana e sem falar no livro que tive a honra de Participar que é o POETAS DO SARAU SUBURBANO VOL 3.

Enfim, me acho um cara privilegiado por ler esses livros  e mais alguns que não foram citados, porém todos com a mesma relevância dos demais.

A literatura realmente salva, liberta, abre caminhos e rompe com paradigmas que carregamos ao longo da caminhada.

Eu mesmo sou exemplo disso, aprendi pra porra de uns tempos pra cá.

Mano, parabéns por mais essa obra e sucesso.

Ruas de fogo vale muito ser conferido. Quem ainda não tem vale muito a pena.


Bora conferir galera.