facebook

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

MAL MAIOR



Escrevendo estas poucas linhas sobre os tais pecados capitais, me peguei refletindo se havia uma hierarquia entre eles ou se um era subterfúgio de outro. Há quem diga que não faz a menor diferença, pecado é pecado. Mas olhando um pouco sob a ótica da soberba de sua existência e resultado nefasto que proporciona,  consegui chegar a uma conclusão: o pior de todos é a VAIDADE.

A VAIDADE num coração leviano:

É prima irmã da INVEJA, evoca um sentimento de importância e superioridade sob os demais seres viventes ou não, se colocando extratosfericamente acima e sobre tudo.

Potencializa a GULA, com sua fome e sede insaciáveis de se sentir a melhor e mais gostosa.

Faz a AVAREZA parecer generosa perto do seu egocentrismo.
 
Da LUXURIA tira seu instinto mais primitivo, o da necessidade carnal para brincar de deleites minimamentes pensados, posados e esteticamente viáveis.

Por não lhe servir de nada, tripudia da PREGUIÇA, como se esta fosse um parente que não foi convidado pra festa.

Mas quanto a IRA, bom essa ela dá tamanho e intensidade infinitos, o que é muito perigoso.

Para finalizar, me parece então que a VAIDADE vive a cutucar os demais pecados com vara curta por que lhe é necessário, pela sua natureza mesquinha ela precisa dos demais para se legitimar já que, isoladamente ela sempre age por motivo torpe.

por Andrea Martinez Della Monica
 

 

 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Respeitável público




Eu e minhas histórias cabulosas, dia desses querendo convencer alguns moleques prestar atenção na aula, tive de chamar a atenção de alguns, tentei de tudo para convencê-los, o tema da aula não estava tão atrativo, falávamos do Japão características físicas e econômicas, isso pra um adolescente de quatorze anos realmente é difícil.

Fiz leitura de texto com eles, falamos sobre a extensão territorial equivalente ao nosso Estado do Mato Grosso, ser uma região cercada de vulcões e por ai foi, nada de interesse, fazer o que? Uma segunda feira à tarde com quase 30º de calor, fui tocando a aula.

Não lembro exatamente como, mas surgiu na classe uma de minhas histórias que conto pra eles desde 2009, alguém no fundo da sala mencionou circo, isso mesmo, aqueles que trabalham palhaços e malabaristas, de repente o negocio ficou interessante, perguntaram pra mim se eu já havia trabalhado em circo. Não tive duvidas e fui logo respondendo.

Claro que trabalhei, tinha oito anos de idade.

Perguntaram.

Como começou a trabalhar no circo, foi de palhaço?

Respondi

Não, na verdade fui para ser malabarista, a trupe estava voltando de Curitiba vindo pela Raposo Tavares e passaram pela avenida  Rebouças com a Brasil, local onde comecei minhas peripécias malabaristas, viram eu no semáforo trabalhando e me convidaram para acompanha-los. Embarquei nessa, não tinha nada melhor mesmo.

Fiquei valorizando a conversa, vieram varias perguntas. Porque não tinha trabalhado de palhaço ao invés de malabarista, quanto tempo eu fiquei no circo e por ai afora, fui respondendo todas sem titubear, maior veracidade impossível, quase emocionei os meninos falando da minha demissão, que por sinal foi muito triste.

Contei pra eles que fui demitido no meu segundo dia de trabalho, de inicio para eu me familiarizar com o trabalho e público me colocaram para vender pipocas e maçã do amor, e como é  de se esperar isso não deu muito certo, comi quase tudo e passei muito mal por conta da pipoca encharcada de óleo e o açúcar da maçã do amor, minha carreira circense foi um fiasco.


Acabei a história absurda como sempre, demos algumas gargalhadas e voltamos a nossa realidade, para conseguir dar aula, eu às vezes tenho de falar um pouquinho de minhas fabulas, o pior disso tudo é que até eu estou começando a acreditar....só sei que foi assim.

SESSÃO PROVOCAÇÕES.





"Para que a essência se muitos agem só pela influência?"