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sábado, 31 de janeiro de 2015

DESAFIO



Sempre nas redes sociais aparecem brincadeiras, desafios e disputas que não se sabem de onde surgem. Na maioria das vezes as mulheres protagonizam esses eventos. Campanhas de maquiagem, campanhas sem maquiagem, colocar algum animal na foto, colocar fotos de quando era criança, enfim, sempre tem alguma coisa.


Diante de vários eventos que acontecem na rede e que nunca participo resolvi fazer minha própria campanha e desafio, cansei de ficar alheio a isso.


E como fui inspirado a entrar no jogo?


A campanha que apareceu na época foi às meninas se postarem na rede assim como acordam, sem nenhum tipo de recurso que as ajudem ficar mais belas, fui acompanhando tudo na internet, uma respondendo ao desafio da outra, uma porção de fotos que na verdade, salvo algumas exceções não percebi muita diferença. Pra mim tudo normal, mas pra elas era quase a morte, ou um desafio que chegava ao constrangimento, pura bobagem.


Vendo isso e me divertindo muito com a situação lembrei-me de um filme que assisti.

GLAUBER- O FILME, LABIRINTO DO BRASIL. um filme que relata os bastidores de sua vida com depoimentos dele e amigos acerca de sua carreira, muito divertido e informativo, gostei do começo ao fim, o cara tinha uma vida invejável com amigos impagáveis. Muito bom o filme.


Numa das falas do filme, se não me engano, o escritor João Ubaldo Ribeiro confidenciara que Glauber sempre ao sair de casa nunca estava impecável no asseio pessoal. Sempre faltava algo, nunca tudo ao mesmo tempo. Se estivesse com os dentes escovados não estaria com o cabelo penteado ou a barba feita ou vice versa, quando vi isso achei o máximo, passei a gostar do cara ainda mais, virou meu ídolo daquele momento em diante, e é claro passei a adotar os mesmos costumes do artista.


Perante essa lembrança e a brincadeira das moças na rede, dei-me ao luxo de também desafiar quem quisesse encarar o desafio.

   
E assim o fiz:


Pronto, desafio quem quiser sair de casa à tarde sem fazer a barba, pentear o cabelo e de quebra sem escovar os dentes”.


E não é que teve respostas ao enfrentamento?

Até teve, mas nessa sou imbatível.

Muitos dos meus amigos declinaram da proposta, essa foi muito fácil pra mim.

E pra finalizar quem me ver de cabelo penteado e barba feita já sabe, fale comigo de longe mesmo, será mais seguro, eu garanto.



Valeu Glauber, você é o cara.

domingo, 25 de janeiro de 2015

JUSTA PALAVRA: Tracy

JUSTA PALAVRA: Tracy: Todo mundo tem uma trilha sonora que retrata algum período da vida, um romance, um dia, uma história, enfim, algo que marque uma passage...

Tracy



Todo mundo tem uma trilha sonora que retrata algum período da vida, um romance, um dia, uma história, enfim, algo que marque uma passagem, seja ela qual for, e eu pobre mortal que sou não seria diferente, sou cheio dessas passagens, e quê passagens!

Normalmente escuto músicas mais no carro que em casa, e dia desses escutei uma música que nem gosto tanto, mas a artista essa sim eu gosto, tenho boas e divertidas lembranças quando a escuto, até arrisco cantarolar partes da música, maior barato .


“Sorry
Is all that you can say?
Years gone by and still
Words don't come easily
Like sorry
Like sorry”

É uma tragédia meu acompanhamento, canto, sorrio e ninguém entende minha felicidade, a música é brega pra caramba, pelo menos é o que acho, mas canto mesmo assim, a lembrança vale mais que o gênero musical do que qualquer outra coisa.

E por que a boa lembrança?

Quando ainda era solteiro frequentava uma danceteria na Rua Bela Cintra, uma casa GLS de bastante repercussão na época, boa música, galera divertida e muitos amigos e amigas frequentavam, ótimo lugar para dançar.

Como era solteiro, tava sempre facinho facinho, e numa dessas minhas disponibilidades conheci uma linda moça que se assemelhava esteticamente a cantora Tracy Chapman. A semelhança era tamanha que a galera a chamava pelo nome da cantora e foi assim que eu a conheci, como Tracy. A única coisa que a diferenciava da cantora certa época foi o corte de cabelo que a genérica fez, pois ela cortou bem curtinho e pintou de loiro, de resto era bem parecida mesmo, linda, muito linda.

Outra particularidade da moça é que ela jogava no mesmo time que eu, eu gostava de meninas e ela também, embora muitos dos meus amigos não acreditassem e ainda não acreditam até hoje na minha opção. Tô nem aí, o importante é a diversão e o respeito. Enfim, acabamos nos conhecendo e gostando um do outro, até rolou uma rápido chamego entre nós, romance de balada. Acho que ela não tinha nada melhor e fazia uma caridade me dando uns pegas, e que pega a danada dava. Dahora.

Trombávamos na balada e quando estávamos só ela me pegava, ou melhor, quando ela estava só, eu mesmo nunca pegava ninguém além da Tracy, era e continuo sendo maior timidão, e tendo a chance não perdia tempo.

Aproveitava para o meu deleite e o dela eu acho, e nos atracávamos. Certa ocasião quando ela cortou o cabelo e pintou um amigo nos viu no rala e rola na pista de dança, o cara não falou nada até que fôssemos embora e aí ele perguntou meio rindo da situação.
-Porra Marcião, nem falou nada. Quem era aquele cara que você estava se enroscando?

Falei que era uma mina e não um cara e é lógico que o sujeito não acreditou. Fazer o quê? Pista de dança, meio escuro, todo gato é pardo.

Noutra balada apresentei a Tracy ao amigo que desconfiava do meu affair e resolvi o impasse.

Depois desse nosso último encontro fui trocado por outra. E bem verdade, no lugar da Tracy faria o mesmo, a moça que ela conhecera era bem mais interessante que eu. Foda, fui trocado por uma mina e só não entendia uma coisa.

Porque ela se engraçou comigo se ela arrepiava e pegava todo mundo na balada?

A Tracy apavorou, eu feio pra caramba, já era gordo e cego, e ela me dando mole. Sei lá, vai entender, só sei que depois da genérica passei a ouvir a original com gosto, e até arrisco cantarolar as músicas.

Quem disse que genéricos e os covers não são bons?
São sim, precisam ver a Tracy.


“Sorry
Is all that you can say?
Years gone by and still
Words don't come easily
Like sorry
Like sorry.”


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Intolerância.




Uma caneta, um teclado, uma arma.


Na mão de um idiota, o resultado é o mesmo.


Merda.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dia dos Professores



Hoje deveria ser um dia de comemoração, mas infelizmente não será. Como de hábito fico com a internet aberta quando estou em casa bisbilhotando nas redes sociais, verificando emails ou lendo alguma coisa que me chame atenção ou que desperte algum interesse.

Dia dos professores, mensagens de felicitações e palavras de incentivos não faltaram e isso é super bacana se tratando do meu trabalho que bem verdade não tem sido fácil, dificuldades é o que não falta nesse ofício.

Pois bem, na verdade o que deveríamos comemorar, ou melhor, o que eu deveria comemorar não será nesse ano. Pela manhã me deparei com uma noticia que me deixou deveras triste.

INCÊNDIO na E.E. Comendador Mario Reys atingiu parte da biblioteca e outras áreas... lamentável“

Essa notícia me veio como uma bomba. Nesse momento me vieram várias lembranças da infância e adolescência. Lá iniciei meus estudos e fui alfabetizado, fiz boa parte dos meus amigos, minhas paqueras infantis, namoros juvenis, brigas com professores, visitas constantes a sala da diretora por conta do meu comportamento amigável com colegas. Lembrei de tudo que passara naquele recinto, formatura do ensino fundamental, médio, enfim, minha vida escolar e essa escola se resumem a uma só. Não tem um sem o outro, minha história sem essa escola não existiria, assim como de muitos dos meus colegas.

A notícia por si só para alguns não seria tão relevante como foi e esta sendo pra mim, não porque eu seja mais interessado ou preocupado com a escola, aliás, quem estudou nela acredito, deva estar com o mesmo sentimento que eu. Tristeza pelo ocorrido.

Tanto eu como minha família tem uma relação com o bairro e a escola. Todos os meus irmãos estudaram no colégio, do mais velho ao mais novo. Tivemos alguns professores em comum, que além de professores, alguns eu tive a honra de me tornar colega de profissão, afinal depois de muito tempo acabei também me tornando um professor. E o melhor da história é que fui dar aula exatamente no lugar de onde havia saído e dado muito trabalho, foi aí que comecei a acreditar na lei:

Aqui se faz aqui se paga.

Tudo que eu aprontara enquanto aluno eu tive o retorno quando fui trabalhar lá, quase desisti do ofício por várias vezes, lembrei de colegas e ex professores dizendo a mim que quase fui o responsável pela desistência da carreira de alguns, paguei meus pecados com a mesma moeda e só agora entendo que juventude e molecada é tudo igual, como aquela música do Belchior, como nossos pais.

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo, tudo
Tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como Os Nossos Pais...

Enfim, nessa escola iniciei tudo que há de melhor em mim, conheci o melhor que podia conhecer, aprendi o melhor que podia aprender, e lembro do melhor do que eu possa lembrar.

Por sorte parece que só queimou parte da biblioteca e nada de mais grave, o importante mesmo é a história que ficou. Essa nem as chamas desse incêndio pode destruir.

Aos meus familiares, amigos e colegas de profissão que fazem parte desse colégio.

Viva o Dia dos Professores.


domingo, 20 de julho de 2014

Dia do Amigo.



Parece-me que hoje é dia do amigo, dia, aliás, bacana de se comemorar ou comentar, pois em se tratando deste assunto nunca faltarão lembranças a serem contadas. Sempre tem um episódio ou outro a ser relembrado.

E como amizade não é uma coisa que acontece do dia para a noite ao longo dessa trajetória vão acontecendo varias histórias, algumas trágicas, outras alegres, outras engraçadas e outras simplesmente sinceras e honestas. Essas sim se carregam ao longo da vida.

E é disso que vou falar. Ao longo dos meus quase quarenta anos fui construindo minha história de amizades com algumas figuras. A figura em questão já é meu amigo desde a escola primária, como se chamava naquela época, e isso só faz trinta e dois anos. Pouco né? Pois bem, trinta e dois anos de amizade e histórias a serem contadas, inúmeras engraçadas, outras nem tanto, mas uma coisa é certa: sempre com carinho e respeito de ambas as partes, independentemente das opiniões, essas sempre foram respeitadas. Sempre! Como é dia de celebrar essa data vou homenageá-lo contando uma de nossas histórias.

Numa véspera de ano novo, eu e o amigo resolvemos buscar no serviço aquela que seria sua futura esposa. No caminho, como ainda era cedo, resolvemos passar no Mercado Municipal de São Paulo para fazermos uma comprinha. Na verdade, eu queria fazer uma compra. Tinha em mente comprar alguns pescados para assar, portanto comprei lá os produtos que acredito serem de procedência.

O sujeito, como não tinha nada em mente para comprar, resolveu de última hora fazer um agrado para a família e comprou dez quilos de frango picado no Mercado Municipal. Imagina a fortuna que o cara pagara por esse frango picado! Uma fortuna! Enfim, fizemos a nossa compra, comemos os lanches tradicionais do mercadão, o de mortadela e o pastel de bacalhau, cada um com suas respectivas compras. Eu com um isopor na cabeça para conservar o frescor dos peixes e ele com duas sacolas de frango na tumultuada, barulhenta e ensolarada 25 de Março.

O cara reclamava pra caramba, pois havíamos deixado o carro na Florêncio de Abreu, portanto só a “algumas quadras” dali. No caminho, de quebra ainda passamos pela galeria Pagé para eu comprar um guarda-chuva.

Que programa não? Somente amigos verdadeiros sobrevivem a essa provação. 25 de Março, isopor na cabeça, dez quilos de franco picado em pleno dia 31 de dezembro. Não é para qualquer um.

Só os fortes e os amigos sobrevivem.


Isso sim que é amizade...

domingo, 29 de junho de 2014

O que eu não quero pra mim eu não faço para os outros



Juro que não queria entrar no assunto, afinal assistir aos jogos da copa pra mim deveria ser somente diversão, entretenimento, respeito e tolerância, assim penso ser o esporte, ser competitivo sim, mas não desleal.

Dentre esses jogos já assistidos por mim e milhares de outras pessoas, testemunhamos jogadas extraordinárias, gestos bonitos de jogadores atendendo seus fãs, narrações de locutores envolventes. Torcedores alucinados vindos de todos os cantos do mundo, enfim, uma linda festa que sempre tem um espirito de porco.

Infelizmente em toda festa tem aquele inconveniente metido a engraçado, sempre com as mesmas piadas sem graça e intervenções desnecessárias, que só agradam ao piadista ou no máximo a aquele que o acompanha.

Sabe aquele sujeito que sempre acha que tem razão, só os seus são inteligentes ou educados, acham que podem falar o que pensam só porque estão numa determinada situação? Pois bem, pra mim esses caras não querem dizer absolutamente nada, a não ser que estão muitíssimos equivocados. Ter grana, estudar numa determinada escola ou fazer certas faculdades só isso não é sinônimo de elegância ou educação. Vide o que tem acontecido nos estádios.

Eu mesmo já escrevi sobre certos comportamentos quando estou no estádio e que até acho engraçado, mas, nem por isso devemos exagerar no andar da carruagem.

Calma lá, tudo tem limite.

Esse negócio de desrespeitar uma autoridade com xingamentos de baixo calão, falando palavrões não se justifica. Se temos opiniões divergentes ou qualquer coisa que o valha que se vá para o embate politico e não a falta de respeito, isso sim é intolerável, mas tudo bem, vire-se a pagina, já foi superado.

Supera-se um deslize e acontece outro, no outro caso pra mim também intolerável foi à vaia ao Hino Chileno. Que coisa chata e mal educada, sem motivo de ser e deveras deselegante. Qual a razão para ter tal comportamento? Não se sabe.

Enfim, a Copa das Copas que até agora tem dado certo pra mim só tem pecado num aspecto:

Esse comportamento estranho por parte de alguns que se acham melhores que os outros, e que estão acima do bem e do mal. Que bem é esse que vocês estão pregando?

De verdade não sei, só sei que:

O que eu não quero pra mim eu não faço para os outros.


Fica a dica.