sábado, 8 de fevereiro de 2014
CHAMAMENTO AOS LEITORES DO BLOG
Caros e Caras bom dia,
Estou pretendendo fazer uma coletânea dos meus textos, para isso gostaria da colaboração de cada um de vocês indicando aqueles que mais gostaram, indique ao menos dez textos, e em breve aparecerei com novidades.
Indique in box no facebook ou no próprio blog.
Marcio Costa.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
A vida como ela é VIII
E um casal de amigos meu voltando da visita que
fizeram ao pai da mulher na cidade de São Bernardo do Campo.
Baita trânsito que mal conseguiram percorrer 2 km , fim de ano, todo mundo
na rua e pra ajudar, shoppings no caminho e horário de rush.
O cara já cansado daquele trânsito todo, olha ao
lado e começa a ver na placa indicativa, o percurso do ônibus que ele pegava quando
namorava com a sua respectiva esposa.
Aí começa a conversa.
O Cara.
- Nossa! O trólebus agora sai de São Mateus e chega
até a Berrine. Que beleza!
Ela.
-É sim, só precisa fazer a baldeação em Diadema. Demora
umas três horas.
O cara.
- Que legal agora você pode voltar a trabalhar lá na
Berrine de novo, saindo de Itaquera.
Ela não pestanejou e olhou firmemente para o marido
inconformada.
Ela.
- E na bunda não vai nada?
O cara.
-Claro que vai, você ainda quer mais?
Terminaram a conversa e o cara se sentiu vitorioso,
pois sempre nesses diálogos ela sempre saía com a última tirada. Desta vez foi
diferente.
Aumentaram o volume do rádio do carro e não
conversaram mais sobre o assunto.
Só sei que foi assim.
sábado, 23 de novembro de 2013
Quatro P
Político,
Padre, Professor e Pesquisador Ô povo sem noção.
Dia
20 de Novembro, feriado da Consciência Negra em São Paulo e em algumas outras
cidades, ao invés de ficarmos em casa e descansar, sempre tem um sem noção que
acaba arrumando algum compromisso. E foi isso, reunião com essa galera às 9h00
da matina em uma Igreja da Zona Leste de São Paulo.
Até
aí tudo bem, se tratando que todos os envolvidos são militantes e trabalhadores
e não dispomos de muito tempo o que nos resta mesmo é trabalhar também nesses
dias de feriado, enfim, coisas da vida.
Eu
e meu irmão que sempre me coloca em barca furada, chegamos um pouco atrasados
na reunião, cerca de uns 10 minutos, algo bem tolerável por sinal. Perdemos as
apresentações afinal havia algumas personalidades que não conhecíamos.
Dentre
essas figuras, compunham a conversa na respectiva ordem: um Político, um Padre,
alguns Professores (meu irmão e eu) e outros dois Pesquisadores. Os quatro
Ps...
Bela
trupe para conversar aquela hora da manhã. Ah, tinha outros dois senhores
também, só que esses não sei bem o que faziam além da militância é claro. Pois só
militantes e loucos para se atrever a
fazer reunião em feriado e cedo. Cada uma.
Bom,
conversamos, escutamos a proposta, sugerimos, enfim, fomos bem civilizados até
que, uma hora começamos a falar da vida alheia. Um dos pesquisadores deixou
escapar que um fotógrafo deixara a batina na hora que ele colocou a hóstia na
boca daquela que seria sua futura esposa. O Padre por sua vez sugeriu que
deixássemos isso no arquivo morto, não sei se por corporativismo ou outra
razão, só sei que assim o fez.
Essa
foi uma das três que o pesquisador aprontou, cara esse totalmente sem noção,
mas ótimo pesquisador. Nem todo mundo é perfeito.
A
segunda foi ele começar a reclamar com o político o fato de querer ir embora.
Aí o pesquisador falava:
-
Porra fulano, só você em pleno feriado marca uma reunião como essa, vamos
embora cara.
Detalhe,
falando palavrão em alto e bom tom na Igreja e na frente do Padre.
E
nós lá, entretidos no meio de um enorme arquivo vendo todo aquele material da
igreja e, eu me divertindo com as presepadas do cara. Olhamos, discutimos
alguns encaminhamentos e descemos para a sala do Padre para as despedidas. E é
aí que vem a derradeira.
O
pesquisador é claro, além de inconveniente e sem noção, também é fumante
incorrigível, e essa foi a melhor.
O
cara que já devia estar num desespero danado, pediu um cigarro para um dos
nossos colegas da reunião. O senhor não pestanejou e gentilmente lhe cedeu e também
pegou um para o seu deleite. Os dois não tiveram dúvidas, estavam acendendo cigarro
dentro do Templo Religioso. Quase pegaram a vela do altar das orações para
acender o bendito cigarrinho. Foi o maior barato.
Vi
a cena e comecei a dar risada, pois, eu e meu irmão testemunhamos numa ocasião
o Padre o anfitrião da reunião parar uma plenária em local a céu aberto para
chamar a atenção de um cara que fumava. Veja
bem, nessa plenária tinha umas mil pessoas e o padre implicou, imagina se ele
visse isso dentro da igreja dele. Seria o caos.
Puxamos
o pesquisador e o senhor para fora da Igreja e contamos o fato dando muita
risada. Os dois acharam um absurdo dizendo que o padre estava de perseguição, o
senhor mais tolerante aceitou e o pesquisador espírito de porco que era, ficou
fumando na escada da igreja e deixando as bitucas por lá, só para pilhar o Padre
quando as visse.
Enquanto
esperávamos o Político e o Padre acabarem seus assuntos, confabulamos sobre
essas questões que agora não são politicamente corretas: vícios, equívocos da
infância, e o começo de tudo.
Vício
é assim, cada um com a sua cachaça.
O
pesquisador e o senhor com os seus cigarrinhos.
Eu
e meu Irmão com a militância.
O
Político com a política.
E
o Padre com o seu antitabagismo.
E
cada um com seu cada qual.
domingo, 1 de setembro de 2013
O velho e o Jornaleiro
Tai uma profissão que admiro e peno em pensar no seu
fim, não que eu seja trágico ou visionário, longe disso, só me preocupo com tal
assunto pelo fato de a cada dia que se passa nós nos informarmos, por meio da
internet, seja num jornal, ou uma
revista semanal.
O que se lê ou como se lê na verdade é irrelevante,
importante mesmo é praticar esse passa tempo, é por meio disso que nos mantemos
informados, ampliamos nossos horizontes, descobrimos e nos descobrimos. É o que
penso sobre leitura.
Pois bem, todo esse lenga lenga tem uma razão.
Dias desses não lembro exatamente como, ouvi ou li
algo falando sobre a solidão de um idoso. Por conta disso fiquei sensibilizado,
conheço vários e pretendo me tornar um. Assim eu espero.
A história era a seguinte:
O idoso como era uma pessoa bastante solitária e não
estava tão presente com os seus que o deixara ao longo da vida morria de medo
em não poder mais comprar o seu jornal diário, pois o jornaleiro era a única
pessoa que ele ainda continuara a ter um vínculo.
Preocupado com o seu isolamento e solidão o velho
não teria com quem mais conversar. Já não bastava a partida, o abandono e o
descaso daqueles que por muito tempo o acompanhara. Agora a função do
jornaleiro se extinguindo.
Esse fato realmente é preocupante, ao longo da nossa
vida construímos várias histórias e criamos vários vínculos e no fim que
deveria ser digno encontramo-nos a beira do abandono e solidão. Só o jornaleiro
lhe restara!!!
Que bom que ainda temos o jornaleiro, e que bom
mesmo.
Fiquei apreensivo e reflexivo com a história. Como
pode uma pessoa perder ou se distanciar dos seus?
Família
Filhos
Amigos
Onde estão todos?
A velhice é isso? Solidão e medo?
Uma pessoa ficar preocupada com o fim de uma
profissão por conta da solidão, na verdade deve ser uma realidade bastante
comum, porém triste de ver, ter medo de aposentar-se não ter que trabalhar,
acabar com a rotina, isso tudo realmente deve assustar. Agora, ter medo de não
ter mais o jornaleiro para conversar é solidão em demasia.
Coitado do velho, dos velhos. Será que todos nós
passaremos por isso um dia?
Será que ao envelhecermos perdemos aos nossos?
Coisas para se pensar!!!
Quando estiver com um, ou se viver com um, sempre
respeite, sempre escute, sempre de carinho e acima de tudo sempre o trate como
gostaria de ser tratado no futuro.
Simples assim...
Por isso eu continuo comprando meus jornais e
revistas na banca.
Odeio solidão.
sábado, 3 de agosto de 2013
MAU TEMPO
Inverno com chuva é uma situação climática nada
agradável para quem mora num país tropical como o nosso, pelo menos é o que eu
acho. Particularmente tenho horror a esse período do ano, tenho pouca roupa e
as que tenho não são apropriadas para esta estação do ano. É duro ser pobre,
mas fazer o quê?
Tudo bem, mesmo não gostando da situação temos que
reconhecer que até no mau tempo existe a beleza. Essa semana tive que acordar
bem cedo para buscar meus irmãos no aeroporto, saí de casa por volta da 6:15 e
o dia estava começando a clarear. Nesse momento estava um puta frio, xinguei os
dois pra caramba, pois enquanto os nobres voltavam de viagem de férias eu
pagava o pato buscando os dois do passeio. Fazer o que? Essa é a função dos
irmãos mais novos:
Se ferrar!!!
Pois bem, segui meu rumo destino aeroporto e
normalmente faria isso xingando aos montes, acordar cedo e chovendo ainda por
cima, é certo de fazer reclamação. Se tratando de mim então a fúria é certa.
Quase não reclamo mesmo!?
Voltando a questão da beleza. Tempo nublado, cabelo
crespo, gente acima do peso, pessoas de poucas palavras, isso tudo tem sua
graça e mistério, quando descobertos nos faz rir como os recém apaixonados.
Acordei, olhei pela janela para avaliar o dia e ver
o que deveria vestir. Coloquei calça, blusa com capuz e parti, na avenida ainda
sonolento fui despertando, tinha algo de diferente naquele dia, ainda escuro e
as luzes da rua acesas tinham um brilho diferente, não sei como descrever, mas
era uma iluminação bonita, amarelada, molhada e fria, de dentro do carro tremia
como vara verde e mesmo assim estava feliz naquele momento.
Levantei o volume
do rádio do carro para escutar melhor o noticiário, falava-se do frio
que fazia na cidade, 11º e sensação térmica de 5º e fiquei a pensar.
Nossa como estou mudado, em outro momento estaria
reclamando por ter levantado tão cedo. E como poderia estar achando aquele dia
bonito?
Essa questão de beleza realmente é relativa, achar
graça, achar bonito, rir à toa, sentir-se feliz, amar aos seus, tudo isso é
muito simples quando se está de bem com a vida.
Por isso não existe:
Tempo feio
Gente feia
Cabelo ruim
O que existe e gente mal resolvida e intolerante.
Estética, padrões, moda, beleza, mau tempo cada um
tem seu critério e esse critério depende do seu espírito.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
O dono da bola e o escritor
“PRA SUPORTAR SUA PRÓPRIA HISTÓRIA CADA UM
LHE ACRESCENTA UM POUCO DE LENDA”
Acho que nunca fui bom em nada, desde que me conheço
como gente não consigo me lembrar de nada que eu fizesse muito bem. Um esporte
infantil, um jogo de bolinha de gude, empinar pipa, rodar pião ou até mesmo no
futebol de rua, esse último eu até brinquei um pouco, não porque eu fosse bom e
sim pelo fato de eu ser o dono da bola. Esses nunca ficavam fora do jogo por
pior que fossem. Essa é a ética esportiva dos donos das bolas. Nunca ficarem
fora dos jogos.
Pois bem, cresci sem ter certas pretensões, esse
negócio de disputar ou fazer algo melhor que os outros nunca me agradou muito,
sempre fui, ou procuro ser daqueles que ficam na sua, nunca acreditei nos
sabichões de plantão, pessoas assim são no mínimo dignas de desconfiança.
Prefiro aos frágeis, aos feios, aos fora de moda, enfim, aqueles que não se
prendem há valores impostos. Prefiro aos espontâneos, esses me parecem mais
honestos.
Pensando e acreditando nisso, foram me ocorrendo
essas ideias, falar desses dois personagens que me parecem bem próximos, o dono
da bola e o escritor.
O primeiro como já dito nunca fica fora do jogo,
pois se ficar o jogo não rola, por isso bem ou mal vai sempre estar presente,
seja na linha ou como no meu caso no gol, era o que me restava.
Já o escritor, também tem suas vantagens por pior
que o cara seja seus heróis, seus romances, suas aventuras sempre serão
favoráveis a si mesmo, pois “falar de si também é inventar” e já que a história
é dele porque não falar de como ele gostaria que a história realmente fosse.
E é aí que esta a vantagem e a semelhança dos dois, o dono da bola sempre estará
presente no jogo independentemente da sua condição, seja ela favorável ao time
ou não. Já o escritor vai sempre contar a história que lhe convém, seus heróis, seus
amores, seus rancores todos eles serão escritos
de acordo com suas necessidades e desejos, afinal assim como a bola
pertence ao seu dono a história pertence ao escritor....
“Qualquer semelhança é mera coincidência”.
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