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sexta-feira, 31 de maio de 2013

O Batismo do palhaço Rolão.


Embora o nome seja sugestivo, não é bem assim a história do nome do Palhaço Rolão. Já faz tempo que fui batizado como palhaço, na verdade foi no ano de 1995 quando ainda cursava minha Licenciatura de História, e como já foi dito em um outro texto não quis deixar barato tal tratamento, o de ser chamado ou tratado como tal, fiz valer de fato e não só de direito.

Nesse curso de Clown reencontrei vários colegas do bairro que já conhecia de outros cursos que eu fizera, um de produção de cinema, um outro de iniciação ao teatro, esse último com um grande artista, o “Valter Portela” e por fim esse de Clown mesmo, pois depois dessa terceira insistência reconheci não ter talento pra nada, encerrei minha curta iniciação artística. Acho que fiz bem para a cultura. Encerremos esse assunto.

A história em questão é o meu batizado, que na época eu confesso ter ficado bem lisonjeado, acreditava ter recebido esse nome pelo fato de termos  de nos trocar um na frente do outro antes dos nossos ensaios, comecei a me sentir o tal na trupe e mau sabia eu o porque do nome Rolão.

Num certo dia, nosso professor o Fernando começou a Justificar o nome de um por um e nessa hora fiquei todo todo só esperando o desfecho da justificativa. Sabe aquele momento de se receber um elogio em público? Era assim que estava me sentindo, o cara da trupe, o tal e aí vem a frustração.

O professor começou com várias histórias, umas justificativas nada a ver e muito sem graça na verdade, nisso comecei a me preocupar, pois sabia que vinha chumbo grosso encima de mim, minha expectativa se inverteu e só fiquei esperando o golpe final. E por fim chegou minha vez.

- “O  Palhaço Rolão é um cara bem divertido, descontraído e espirituoso, assim como todos os palhaços devem ser, porém vem sempre nos enrolando com suas histórias intermináveis e por isso eu o batizo de Rolão”.

O Rolão em questão era de enrolar, o cara achava que eu era muito enrolado e por isso me batizou assim, fui enganado o curso inteiro me sentindo o tal e no final me vem com essa história.

Depois dessa frustrante justificativa fiquei decepcionado comigo mesmo, e aquele Rolão que tinha nascido no início do curso passou a ser o Rolinha, o Bituca, Toquinho sei lá, todos esses adjetivos que se dá para os caras desprovidos de grandeza.

É, alegria de pobre dura pouco, e eu quem o diga.

Mas não tem problema não, vira e mexe encontro alguém dessa trupe por aí e adivinha do que eles me chamam?

Rolão é claro, fico feliz em reencontrá-los e com aquele gostinho que tive durante o curso.

É o que me resta, a lembrança daquilo que nunca tive.


Ninguém precisava ficar sabendo né!!!!!

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