Todo mundo tem amigos dignos de
belas e engraçadas histórias, só que eu sou privilegiado com isso, pelo menos é
o que eu acho, e espero que esses pensem o mesmo a meu respeito, afinal é muito
bom ser querido. E por falar em ser querido, tenho um amigo, o Zé, que eu
conheço pelo menos uns 25 anos dos meus quase 39, e pelo que me consta só temos
episódios felizes e engraçados na nossa trajetória.
São tantos esses momentos que se
eu fosse enumerar teria de usar inúmeras páginas para contar as presepadas,
histórias hilárias e sempre de bem com a vida. Enfim, boa amizade, com aquelas
pitadas de humor e carinho. “Ta ficando meio gay essa História”. Vamos ao que
interessa.
Hoje como não poderia ser
diferente, o encontrei ocasionalmente, estava passeando no parque com o filho e
quando já estava indo embora encontrei minha irmã e ela dissera que estava ali
para encontrar esse amigo em comum, fui convencido por ela para dar mais um
tempinho e pelo menos cumprimentá-lo antes de ir embora, acatei a sugestão e
fomos ao seu encontro, só para dar um jóia e coisa e tal, e pra variar não foi
só nisso que ficamos, acabei ficando mais um pouco no parque e dar mais umas
voltas, só que agora eu, o filho, a irmã, o Zé e mais um amigo e a turma só
crescendo. Enfim, aqueles passeios de sábado no bairro que você encontra todo
mundo, aqueles que quer encontrar e aqueles que não quer encontrar, só que
esses eu queria.
Tudo bem, nessa história até
agora nada de extraordinário, apenas um encontro ocasional de amigos em um
parque, passeamos, olhamos as paisagens, falamos da vida alheia e resolvemos
assar uma carninha de porco para finalizar a caminhada, afinal tínhamos de
recuperar as calorias perdidas no passeio. Isso que é caminhada boa anda três
quilômetros e para compensar come três quilos de carne de porco e duas caixas
de cerveja. Olha só que dieta!
Até ai tudo bem, fomos embora,
compramos os insumos para o churrasco e começamos a bebericar, comer e
conversar, nesse meio tempo, deixei a cria com os amigos e fui buscar a esposa
no serviço, voltei com a esposa, continuamos bebendo, comendo e falando da vida
alheia, falamos sobre educação, falamos de filosofia e por fim o Porra quis nos
dar uma aula de como ariar panela de cobre com sal grosso e limão, o filho da
mãe usou o último limão que tinha na casa pra isso, ficamos puto com essa
história, carne de porco sem limão e se quiséssemos fazer uma caipirinha não
íamos conseguir, vê se isso é coisa que se faz com um limão. Só o Zé mesmo, no
meio da tarde comendo churrasco e bebendo parar para ariar a panela, fala se
isso não é hilário, só o perdoamos porque a bendita da panela ficou brilhando
no termino do serviço. Ai ele ficava falando.
- Olha como ela ficou limpinha,
olha como ela ficou limpinha.
Ficou parado uns instantes
observando sua panela e voltamos ao nosso assunto.
O cara é louco ou não é?
Só sei que foi assim.
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