Eu e minhas histórias
cabulosas, dia desses querendo convencer alguns moleques prestar atenção na
aula, tive de chamar a atenção de alguns, tentei de tudo para convencê-los, o
tema da aula não estava tão atrativo, falávamos do Japão características físicas
e econômicas, isso pra um adolescente de quatorze anos realmente é difícil.
Fiz leitura de texto com
eles, falamos sobre a extensão territorial equivalente ao nosso Estado do Mato
Grosso, ser uma região cercada de vulcões e por ai foi, nada de interesse,
fazer o que? Uma segunda feira à tarde com quase 30º de calor, fui tocando a
aula.
Não lembro exatamente como,
mas surgiu na classe uma de minhas histórias que conto pra eles desde 2009,
alguém no fundo da sala mencionou circo, isso mesmo, aqueles que trabalham
palhaços e malabaristas, de repente o negocio ficou interessante, perguntaram
pra mim se eu já havia trabalhado em circo. Não tive duvidas e fui logo
respondendo.
Claro que trabalhei, tinha
oito anos de idade.
Perguntaram.
Como começou a trabalhar no
circo, foi de palhaço?
Respondi
Não, na verdade fui para ser
malabarista, a trupe estava voltando de Curitiba vindo pela Raposo Tavares e
passaram pela avenida Rebouças com a Brasil,
local onde comecei minhas peripécias malabaristas, viram eu no semáforo trabalhando
e me convidaram para acompanha-los. Embarquei nessa, não tinha nada melhor
mesmo.
Fiquei valorizando a
conversa, vieram varias perguntas. Porque não tinha trabalhado de palhaço ao invés
de malabarista, quanto tempo eu fiquei no circo e por ai afora, fui respondendo
todas sem titubear, maior veracidade impossível, quase emocionei os meninos
falando da minha demissão, que por sinal foi muito triste.
Contei pra eles que fui
demitido no meu segundo dia de trabalho, de inicio para eu me familiarizar com
o trabalho e público me colocaram para vender pipocas e maçã do amor, e como
é de se esperar isso não deu muito
certo, comi quase tudo e passei muito mal por conta da pipoca encharcada de óleo
e o açúcar da maçã do amor, minha carreira circense foi um fiasco.
Acabei a história absurda
como sempre, demos algumas gargalhadas e voltamos a nossa realidade, para
conseguir dar aula, eu às vezes tenho de falar um pouquinho de minhas fabulas,
o pior disso tudo é que até eu estou começando a acreditar....só sei que foi
assim.
Essa ai foi na minha sala, aquele dia foi só risada !!!!!
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